TUTUGURI é uma homenagem ao poeta Antonin Artaud e ao seu texto Tutuguri - O Rito do Sol Negro, dedicado ao ritual Peyote dos Tarahumara, povo indígena das Américas. Partindo da dissociação entre a voz e o corpo, este solo transforma-se numa alucinatória “dança sonora”, onde uma mulher-médium se apresenta como um repositório vivo, que acolhe, no seu corpo, múltiplas vozes, seres, identidades e histórias. Este corpo de ventríloquo emite uma ampla gama de sons: garganteios, sussurros, frações de conversas, ruídos de animais, arrulhos de bebés ou o tilintar dos aliens.
Programa 'Podemos tratar-nos por tu?'
Após o espetáculo, haverá uma conversa entre o público e a bailarina Flora Detráz.
acompanhamento Tiago Mansilha
conceito, coreografia e figurinos
Flora Détraz
assistência à criação
Paula Caspão
administração e produção
Aoza Production / Charlotte Bayle e Aline Berthou
difusão
Key Performance / Koenraad Vanhove
produção
PLI
coprodução
Materiais Diversos, PACT-Zollverein (DE), MA scène nationale, Montbéliard, Relais culturel de Falaise, CCN de Caen en Normandie, direção Alban Richard
residências artísticas
Ramdam, un centre d'art, Alktantara, Espacio Azala
Esta criação teve o apoio de D.R.A.C. Normandie no âmbito do quadro Aide au projet e da Fundação Calouste Gulbenkian.
duração
25 min.
M/6
Flora Détraz (Paris, 1988) é bailarina, coreógrafa, vocalista e encenadora. Completou os seus estudos no Forum Dança, em Lisboa, cidade onde teve a oportunidade de conhecer artistas como Meredith Monk, Vera Mantero, Meg Stuart ou Lia Rodrigues, que inspiraram a sua própria prática. Desde 2013, com a companhia PLI, desenvolve projetos coreográficos e vocais que exploram as ligações entre o visível e o invisível, e que questionam as convenções sociais através do corpo. Como intérprete, colaborou ainda com Marlene Monteiro Freitas, Laurent Cèbe, Cédric Cherdel, Sara Anjo e Nach.