Este trabalho resulta no desafio feito a 13 coreógrafas e coreógrafos, intérpretes e performers - Ana Moreno, Allan Falieri, David Marques, Guilherme Leal, Jo Castro, Luiz Antunes, Marco da Silva Ferreira, Maurícia | Neves, São Castro, Nina Botkay, Tânia Carvalho, Thamiris Carvalho e Vasco Araújo e um compositor – Diogo Alvim, para individualmente reescreverem a morte do cisne, de acordo com as linguagens e códigos de trabalho individuais.
Cisnografia: a reescrita do cisne, consiste no desafio à composição e reescrita do 13ª movimento “Le Cygne da Suite Le Carnaval des Animaux” de Camille Saint-Säens.
De cada solo resulta um filme de três minutos, perfazendo um total de treze filmes e acrescentando um último, de compêndio, forma final e maior, com ligação dramatúrgica dos vários anteriores, referenciado como composição para tela e ecrã.
Estabelece-se desta forma um pilar de inovação deste projeto, na exploração das identidades já consolidadas de cada criador agora desafiadas à interpretação de um dos solos e símbolo maior da Dança – O Cisne – associado à representação de morte e renascimento, final de ciclo, individualidade de movimento e intimamente ligado à questão de género.
Este trabalho recorre a objetos da história da Dança, aos seus contextos e ideologias, e à sua relação com a música procurando rever e operar sobre a forma como a coreografia e a dança estabelecem padrões ideológicos que fixam ou colocam em questão os regimes éticos e estéticos dominantes.
Assim sendo, tornou-se pertinente a parceria com o MNAA – Museu Nacional de Arte Antiga, que permitiu a cada criador estabelecer uma relação direta ou indireta com as obras e/ou espaços museológicos, confrontando clássico e contemporâneo. Desta forma, consolida-se o conceito de Cisnografia, enquanto projeto de reescrita, transportando-o para o âmbito e universo dos estudos comparatistas, a partir de um conhecimento da história da Dança e da reflexão sobre as artes, modalidade de relacionamento interartístico e interdisciplinar.
Inauguração 7 nov / 19h30
Visita guiada Para onde vão os cisnes? 8 nov / 10h30
com Luiz Antunes
Instalação patente de 7 nov – 31 dez / 10h00 – 18h00
Em dias de espetáculo no Centro Cultural de Lagos, a exposição fica aberta até à hora de início da sessão.
conceção e realização
Luiz Antunes
direção artística e desenvolvimento do projeto
André Mendes, Luiz Antunes
artistas convidados
Ana Moreno, Allan Falieri, David Marques, Guilherme Leal, Joana Castro, Luiz Antunes, Marco da Silva Ferreira, Maurícia | Neves, São Castro, Nina Botkay, Tânia Carvalho, Thamiris Carvalho, Vasco Araújo
composição musical
Diogo Alvim
direção de fotografia
Margarida Dias
câmara e edição
Tomás Pereira
assistente de câmara
Laura Dias
produção
Heurtebise
comunicação e programação digital
Marco Oliveira
tradução
Francisco da Silva Pereira
suporte técnico e implementação
Balaclava Noir
parceria institucional
Museu Nacional de Arte Antiga
parceiros
23 Milhas, Câmara Municipal do Fundão, Museu Nacional de Arte Antiga, Quinta da Cruz – Centro de Arte Contemporânea, Rua das Gaivotas 6
apoio
Direção-Geral das Artes – Ministério da Cultura
Luiz Antunes (Lisboa), bailarino, coreógrafo e investigador, é licenciado em Dança. Cruza-se com Anna Mascolo que terá um papel decisivo no seu percurso. Como coreógrafo desenvolve o seu trabalho desde 2000. Publicou vários trabalhos na área de investigação. Autor da série documental Portugal que Dança para a RTP2 e de três documentários sobre Vera Mantero, Olga Roriz e Clara Andermatt, a estrear e com realização de Cristina Ferreira Gomes. Diretor artístico da Companhia Jovem de Dança de Ílhavo no âmbito do 23 Milhas. Programador convidado da edição de 2023 do Festival Cumplicidades. Fundador da Heurtebise - Associação Cultural e cocriador do projeto -mente.