Rua
espetáculo de Volmir Cordeiro e Washington Timbó (Brasil)
10 NOV — dom,
17h
Praça do Infante
Entrada Livre

O Museu do Louvre acolheu a primeira encarnação de Rua, em 2016, criação de Volmir Cordeiro, coreógrafo e bailarino brasileiro, numa nova exploração do potencial poético de um corpo em espaço museológico, em tensão com a poesia de Bertolt Brecht sobre a guerra (O ABC da guerra, de 1985). Agora, no Pedra Dura, o corpo é o mesmo, imenso, aparentemente desconexo, potente e frágil, eloquente na expressão da palavra e na relação que vai criando com a paisagem, urbana e humana, com que se vai cruzando, numa dança de permanente metamorfose entre estados associados à violência, à dor, à festa, à resistência ou à vulgaridade.
Em Rua, Volmir encarna os múltiplos corpos e rostos que a rua pode conter. O espaço, percorrido e atravessado pelo bailarino, redesenhado pelos seus movimentos, converte-se numa abstração aberta, enquanto o intérprete condensa no seu corpo as mais diversas personagens urbanas, as mais marginais. Resposta coreográfica à leitura dos poemas sobre a guerra de Bertolt Brecht, Rua implanta uma dança de pensamento e corpo, densificando o espaço, habitando mil fantasmas. A dança, acompanhada pelo tambor de Washington Timbó, explora a tensão e alternância entre a guerra, os corpos devoradores e devorados, e coreografias festivas.

coreografia e interpretação
Volmir Cordeiro

percussão
Washington Timbó

figurino
Vinca Alonso, Volmir Cordeiro

produção
Donna Volcain

coproducão
Ménagerie de Verre

apoio
Musée du Louvre, Laboratoires d’Aubervilliers, LE CND - Un centre d’art pour la danse, ICI - CCN Montpellier / Languedoc-Roussillon

duração 1h

M/3

Volmir Cordeiro (Concórdia, 1987) é doutor em dança pela Universidade Paris 8 (França). Estudou no Mestrado Essais – CNDC d’Angers. Artista-pesquisador, trabalhou com os coreógrafos Alejandro Ahmed, Lia Rodrigues, Cristina Moura, Naiá Delion, Xavier Le Roy, Laurent Pichaud & Rémy Héritier, Emmanuelle Huynh, Jocelyn Cottencin, Vera Mantero, Nadia Laura & Zeena Parkins, Latifa Lâabissi e Rodrigo García. Atualmente, apresenta as suas peças em diversos festivais internacionais. Em 2021, recebeu o Prêmio SACD de Jovem Talento Coreográfico.

Washington Timbó é um coreógrafo, bailarino, músico e professor brasileiro. Iniciou sua trajetória artística pelo teatro, depois desenvolveu uma profunda paixão pelas danças e tradições afro-brasileiras. Inspira-se no movimento das divindades de África, as suas ligações com os elementos da natureza, misturando dramaturgia e mitologia em movimento. No Brasil, cria para o grupo Umoja, e dança com a companhia Abieié, dirigida por Irineu Nogueira e a escola de samba "Vai Vai" e o grupo "Samba da Vela". Em França, destaca-se pelo seu trabalho na Dorothy's Gallery, Musée du Quai Branly, La Bellevilloise, Cabaret Sauvage e muitos outros eventos.

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